Leia esse poema com atenção:

“Nunca vi um homem preguiçoso;
já vi um homem que nunca corria enquanto eu o observava,
e já vi um homem que às vezes dormia entre o almoço e o jantar,
e ficava em casa em dia de chuva; mas ele não era preguiçoso.
Antes que você me chame de louca, pense: ele era preguiçoso ou apenas fazia coisas que rotulamos de “preguiçosas “?
Nunca vi uma criança burra; já vi criança que às vezes fazia coisas que eu não compreendia, ou as fazia de um jeito que eu não planejara;
já vi criança que não conhecia as mesmas coisas que eu;
mas não era uma criança burra.
Antes de chamá-la de burra, pense: era uma criança burra ou apenas sabia coisas diferentes das que você sabia?
Procurei quanto pude, mas nunca vi um cozinheiro.
Já vi alguém que combinava ingredientes que depois comíamos,
uma pessoa que acendia o fogo e cuidava do fogão que cozinhava a carne.
Vi todas essas coisas, mas não vi cozinheiro.
Diga-me o que você vê: você está vendo um cozinheiro ou alguém fazendo coisas que chamamos de cozinhar?
O que alguns chamam de preguiçoso
Outros chamam de cansado ou tranqüilo;
O que alguns de nós chamamos de burro para outros é apenas um saber diferente.
Então, cheguei à conclusão de que evitaremos toda confusão se não misturarmos o que podemos ver com o que é nossa opinião.
E, por isso mesmo, também quero dizer que sei que esta é apenas minha opinião.”

Texto retirado do livro de Marshall Rosenberg, Comunicação não violenta.
Você já parou para pensar que a todo o momento naturalmente criamos rótulos uns para os outros e até para nós mesmos?

Se perguntarmos a qualquer público adulto “como você se descreveria?” Em grande parte as pessoas começam suas respostas, dizendo sua formação ou profissão, por exemplo.

Isso acontece porque ainda não há um autoconhecimento de seu potencial pessoal, ou não houve uma reflexão de valores. Em outra reflexão também sobre o mesmo texto, pode-se pensar sobre a maioria das discussões no ambiente domestico ou até mesmo corporativo, onde a dificuldade em se comunicar de forma eficaz, gera fala ofensivas sem nenhum ganho evolutivo comportamental.

Quantas vezes você recebeu críticas e não soube como melhorar?
Frases como: “Você é um preguiçoso!”, “Não faça isso!”, Você é um folgado!”, “Deixa de ser chato!”, “Presta atenção”, “Você precisa ajudar mais”, “Você precisa se comprometer com a gente!”, “Nunca tem tempo”. Não mostram exatamente o que estamos fazendo de errado, apenas gera um desconforto.

Por isso é de tão grande relevância iniciar um processo de autoconhecimento e comunicação eficaz! Gostaria de se comunicar melhor? Desenvolver habilidades e aprender técnicas que auxiliem a manter um ambiente mais amistoso em casa ou na empresa? Continue acompanhando nossas próximas postagens com várias dicas!!

Um abraço
Laís Vaz